domingo, 16 de janeiro de 2011

Pra onde vai o amor? De manhã eu preciso buscar um remédio pra minha mãe, depois tenho pilates e às 11 em ponto preciso estar na agência pra decidir um roteiro de vídeo para uma apresentação interna que o cliente vai fazer para a área comercial. Pra onde vai o amor? Quero aparecer na sua agência, subir as escadas correndo porque essa pergunta precisa ser feita de peito ofegante. Pra onde vai o amor? Você tem a apresentação de uma concorrência. E tem uma equipe, uma mesa, um lixo, um carro alto, um cabelo grande, um sobrenome importante, um quadro caro, uma ex namorada top model, dezenas de garotinhas apaixonadas. Pra onde vai o amor? Porque quando deitamos no chão da sua sala e você me perguntou "quanto tempo você demora pra dizer que ama?". Porque quando você me mandou aquele e-mail falando que dormiu bem quando me conheceu. Porque a gente estava tão nervoso no dia do Astor, Subastor. Porque eu tinha uma escova de dentes aí e você tinha uma escova de dentes aqui. Pra onde vai o amor? O que você fez com o seu? Deu descarga? O que eu faço com o meu? Dai eu te ligo, escondida no jardim da agência que eu trabalho. Chorando horrores. E te peço desculpas. "Eu sei que faz só um mês que estamos juntos mas o que você fez com o nosso amor?". Por que você ficou frio e sumiu e esqueceu e secou e matou e deletou e resolveu e foi? E você diz que está trabalhando e eu me sinto idiota. Me sinto esfolada viva pelo mundo. Me sinto enganada por anjos. Me sinto inteira uma enganação. Respiro mentiras. Visto desculpas. Ajo disfarces. Porque a gente estava sim se amando mas você correu pra levantar antes a bandeira do "se fudeu trouxa, o amor não existe". Justo você que eu escolhi pra fugir comigo das feiúras do mundo. Porque você me emprestava a mão dormindo e pedia colo vendo tv e queria me fazer camarões fritos e escondia as meias suadas quando eu chegava antes do que você esperava. E você me perguntava o tempo todo se eu percebia como era legal a gente. E então, só pra fazer parte da merda universal de toda a bosta da vida, você se bandeou pro lado do impossível e se foi e me deixou como louca, escondida no jardim da agência, chorando, te perguntando pra onde foi o amor. E você riu e disse "mas eu só estou fazendo minhas coisas". E eu me senti idiota e louca e chata e isso foi muito cruel ainda que seja tão normal. Normal não me serve não encaixa não acalma. E eu achei que a gente podia ter uma bolha nossa pra ser louco e improvável e protegido do lugar comum do mundo mediano adulto das pessoas que riem e fazem suas coisas. E tudo ficou feio, até você que é lindo ficou feio. E eu quis me fazer cortes. Porque viver é difícil demais. E todo mundo me olhando, rindo, fazendo suas coisas. E daqui a pouco eu rindo e fazendo minhas coisas. E no fundo, abafado, dolorido, retraído, medicado, maduro, podre: onde está o amor? Onde ele vai parar? Onde ele deixou de nascer? Onde ele morreu sem ser? Por que eu sigo fazendo de conta que é isso. As pessoas seguem fazendo de conta que é isso. E por dentro, mais em alguns, quase nada em outros, ainda grita a pergunta. O mundo inteiro está embaixo agora do seu lindo e refinado e chique e rico prédio empresarial de milionários. Gritando nas janelas, batendo nas portas, tirando você da sua reunião: o que você fez com o amor? Esse dinheiro todo, essa responsabilidade toda, esses milhões todos, essas pessoas todas que você quer que te achem um homem. E o amor, o que você fez com ele? Enfiou no cu? Colocou na máquina de picar papel? Reaproveitou a folha pra escrever atrás? Reciclou? Remarcou pra daqui dois anos? Cancelou? Reagendou o amor? Demitiu o amor? É o amor que vai fazer você ser isso tudo e não isso tudo que você usa pra dar essas desculpas pro amor. Porque quando eu sentei no cantinho da cama e você leu seu livro de poesias de quando era criança. Porque quando você ficou nervoso porque queria me dizer que naquele minuto não estava me amando porque você acha que amor é isso além do que você pode. Amor é só o que você já estava podendo. O que você fez com esse pouco que virou nada? Com o muito que poderia virar? Eu aleijada, engessada, roxa, estropiada, quebrada, estou na porta, esperando você, por favor, me ensina, o que fazer, vou fazer o mesmo com o meu. Vou mandar junto com o seu. Nosso amor pro inferno, longe, explodido, nada. E a gente almoçando em paz falando sobre o tempo e as pessoas escrotas e o filme da semana. Bela merda isso tudo, bela merda você, bela merda eu, bela merda todos os sobreviventes que riem e fazem suas coisas e almoçam e falam de filmes. E por dentro o buraco gigante preenchido por antidepressivos, ansiolíticos, calmantes, cervejas, maconhas, viagens e mais reuniões. Pra onde foi o amor? De pé seguimos pra nunca saber, pra nunca responder, pra nunca entender. Pra onde? Você lendo o texto mais lindo da minha vida sobre o último dia morando com seus pais, você achando as moedinhas que o seu pai escondia no jardim quando você era criança, você me contando isso tudo baixinho e eu sentindo tantas milhares de coisas lindas, você falando da merda boiando e a dor dos seus fins de amor, você dormindo com seus cachinhos virados para o meu nariz, você fazendo a piada dos ombrinhos mais altos e mais baixos pra tirar sarro dos homens artistas e burocráticos, você por um mês e tanto amor. Todos os cheiros de todos os seus cantos. E agora eu louca porque não se pode sentir, porque senti sozinha, porque não se pode sentir em tão pouco tempo. Que tempo é esse quando o amor se apresenta tão mais forte e sábio que as regras de proteção? Quem quer pensar em acento flutuante quando se está voando? Quem quer pensar em pouso de emergência quando se está chegando em outro mundo melhor? E agora nada e você nada e tudo nada. O amor no planeta das canetas Bic que somem. O amor mais um como se pudesse ser mais um. O amor da vida de um mês. Você com medo de ser mais um e você único e tanto amor e tão pouco tempo. O que você fez com ele para eu nunca fazer igual? Eu prefiro ser quem te espera na porta pra entender. Eu prefiro ser quem te espera na outra linha pra entender. Eu prefiro ser a louca do jardim enquanto o mundo ri e faz suas coisas. Do que ser quem se tranca nessas salas infinitas suas pra nunca entender ou fazer que não sente ou não poder sentir ou ser sem tempo de sentir ou ser esquecido e finalmente não ser.
Por:Tati Bernardi
Eu olho pra sua tatuagem e pro tamanho do seu braço e pros calos da sua mão e acho que vai dar tudo certo. Me encho de esperança e nada. Vem você e me trata tão bem. Estraga tudo. Mania de ser bom moço, coisa chata. Eu nunca mais quero ouvir que você só tem olhos pra mim, ok? E nem o quanto você é bom filho. Muito menos o quanto você ama crianças. E trate de parar com essa mania horrível de largar seus amigos quando eu ligo. Colabora, pô. Tá tão fácil me ganhar, basta fazer tudo pra me perder. E lá vem ele dizer que meu cabelo sujo tem cheiro bom. E que já que eu não liguei e não atendi, ele foi dormir. E que segurar minha mão já basta. E que ele quer conhecer minha mãe. E que viajar sem mim é um final de semana nulo. E que tudo bem se eu só quiser ficar lendo e não abrir a boca. Com tanto potencial pra acabar com a minha vida, sabe o que ele quer? Me fazer feliz. Olha que desgraça. O moço quer me fazer feliz. E acabar com a maravilhosa sensação de ser miserável. E tirar de mim a única coisa que sei fazer direito nessa vida que é sofrer. Anos de aprimoramento e ele quer mudar todo o esquema. O moço quer me fazer feliz. Veja se pode. Não dá, assim não dá. Deveria ter cadeia pra esse tipo de elemento daninho. Pior é que vicia. Não é que acordei me achando hoje? Agora neguinho me trata mal e eu não deixo. Agora neguinho quer me judiar e eu mando pastar. Dei de achar que mereço ser amada. Veja se pode. Anos nos servindo de capacho, feliz da vida, e aí chega um desavisado com a coxa mais incrível do país e muda tudo. Até assoviando eu tô agora. Que desgraça. Ontem quase, quase, quase ele me tratou mal. Foi por muito pouco. Eu senti que a coisa tava vindo. Cruzei os dedos. Cheguei a implorar ao acaso. Vai, meu filho. Só um pouquinho. Me xinga, vai. Me dá uma apertada mais forte no braço. Fala de outra mulher. Atende algum amigo retardado bem na hora que eu tava falando dos meus medos. Manda eu calar a boca. Sei lá. Faz alguma coisa homem! E era piada. Era piadinha. Ele fez que tava bravo. E acabou. Já veio com o papo chato de que me ama e começou a melação de novo. Eita homem pra me beijar. Coisa chata. Minha mãe deveria me prender em casa, me proteger, sei lá. Onde já se viu andar com um homem desses. O homem me busca todas as vezes, me espera na porta, abre a porta do carro. Isso quando não me suspende no ar e fala 456 elogios em menos de cinco segundos. Pra piorar, ele ainda tem o pior dos defeitos da humanidade: ele esqueceu a ex namorada. Depois de trinta anos me relacionando só com homens obcecados por amores antigos, agora me aparece um obcecado por mim que nem lembra direito o nome da ex. Fala se tão de sacanagem comigo ou não? Como é que eu vou sofrer numa situação dessas? Como? Me diz? Durmo que é uma maravilha. A pele está incrível. A fome voltou. A vida tá de uma chatice ímpar. Alguém pode, por favor, me ajudar? Existe terapia pra tentar ser infeliz? Outro dia até me belisquei pra sofrer um pouquinho. Mas o desgraçado correu pra assoprar e dar beijinho.

Por: Tati Bernardi

Um certo alguém...

É, as férias chegaram e parece que trouxeram um tempo pra mim, só pra mim.
Viajei por ai aonde me era possível pegar um sol, ouvir o mar e dar um tempo para o meu coração.
De fato me acalmei e pude me sintonizar comigo mesma e agora eu sei de tudo que eu posso sentir, gostar, perceber e muitas vezes desejar...
Eu me sinto tão grata por esse tempo, por poder pensar um pouco em mim antes de lembrar dos outros; Eu gosto do inalcansável e talvez essa seja uma boa explicação pra todo o drama que eu vivo; Cada vez que eu me encontro com um certo alguém eu posso perceber todo o carinho que ele está disposto a dar, posso perceber através de olhares, gestos e palavras a sua douçura que cada vez me encanta mais; Difícil mesmo é não desejar ter você, não desejar você comigo depois dos seus abraços, carinhos, sorrisinhos de canto de boca, olhares, elogios e todas as formas mais cortêses que eu possa conhecer, e assim eu te desejo de "todas as formas, tamanhos e cores".
É, não é à toa que tem mil e uma garotas "apaixonadinhas" por você, mas eu queria que você soubesse que não sou o tipo me apaixono e/ou beijo "mil e um (qualquer)" garotos, e só tem um que eu quero mais que: Qualquer presente de natal, qualquer dez em matemática, ter um ar condicionado no calor, fazer dezoito anos pra poder dirigir.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010


Para vocês mulheres que desacreditaram dos homens, nem venham dizer que príncipes encantados não existem, pois eles existem, eles só não vem mais com uma roupa de galã branca em um cavalo branco, os príncipes encantados, são aqueles caras que dormem e acordam pensando em vocês, pensando em uma forma de fazer vocês felizes por mais uns dias, pensando em arrancar um simples sorriso, algumas infelizmente não tem o príncipe encantado porque ao invés de escolhê-lo, escolheram o bobo da corte por ser mais bonitinho e engraçado.

Tati Bernardi.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

É sempre assim.

Eu estava na mesinha do meu quarto estudando para a prova que haveria no dia seguinte, e eis que de repente surge um inseto ínfimo diante das minhas questões logarítmas... Eu paro, e olho atentamente ao inseto que me parece pedir socorro, pois consigo observar no mesmo às asas um tanto ferradas, como se tivessem sido rasgadas; E a partir do mesmo instante passo a observá-lo e tentar entendê-lo.

Com certa rapidez, pude conferir que era uma espécie de formiga “com asas” (bem, algum dia ela já as possuiu, pois hoje só há vestígios destas.) e que conforme eu tentava retirar-lhe as asas, fazendo-a sentir-se livre do que atualmente só era algo sem importância e significado para ela, ela corria, e por mais que eu puxasse as asas ela saía andando, e se tivesse um lápis na mesa ela passava por cima numa boa. E pode parecer loucura para muitos, mas eu me enxerguei nessa formiga...
Eu vi que por mais que haja alguém me fazendo ficar presa ao chão eu sei que mesmo sem asas eu posso “voar”, eu posso ir longe, e por mais que ocorra de ter obstáculos em meu caminho, eu sei que consigo ultrapassá-los mesmo que eu necessite da ajuda de alguém, nenhum obstáculo é tão grande que não possa ser superado.
Na mesa tinham duas opções de caminho: a que dava para a janela e a que dava em um pouco de água que eu deixei cair, e ai foi a parte mais incrível de toda essa maluquice, a formiga viera pela janela, seguiu até chegar ao que para ela seria uma poça d’água e depois a contornou até a janela novamente; E isso se mostrou a coisa mais impressionante para mim, eu vi que podemos estar trilhando caminhos certos, e se por um acaso chegarmos a um caminho errado, da mesma forma que a formiga contornou, nós podemos recomeçar e tentar fazer tudo certo.
Depois de conseguir ver tudo isso em um minuto com um simples inseto, percebo que todos somos iguais, independente de etnias, nacionalidades, descendências, todos acertamos e erramos, e somos capazes de voltarmos atrás em algumas de nossas escolhas, e o importante é sabermos que por mais que possa haver um recomeço, temos que ter como foco o nosso acerto, porque se não pudermos refazer uma escolha, não precisaremos nos arrepender, pois na hora que a fizemos, estávamos certos de seus prós e contras.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Minha dose de você



Estou deitada, escrevendo, lendo, assistindo, rindo, conversando, ouvindo, pensando, vivendo, e eis que derrepente você me surge... Antes, era certo, você vinha em direção ao meu olhar que brilhava, enraivecido ou talvez sonhador; E com o tempo, você já não atingia só o olhar, você pegava meu pensamento, que voava longe, mas por vezes batia rente à realidade; Depois disso, você veio e tão cegamente, friamente, impulsionalmente passou a bater à porta de meu coração, o que volta e meia me deixava desnorteada; E agora, aqui estou eu, não sabendo se sorrio ou se choro, já não sei mais o que você atinge fortemente, explicitamente em mim, já não sei que parte do meu corpo, que parte de mim é o seu foco, não sei se é olhar, pensamento ou coração, ou se é tudo junto... Só tenho certeza de uma coisa, e seja lá que sentimento doido, feliz, bizarro for esse, é de dentro, é de verdade!

Aqui continuo eu, deitada, e derrepente uma música começa a tocar no meu playlist de músicas melódicas, depressivas, que me entendem como ninguém nesses meus momentos sombrios, estranhos, incompreensíveis e induvidavelmente apaixonados... É, é exatamente aquela música, aquela, que você um dia pegou o violão da mão de um amigo nosso no meio de uma aula extra e pôs-se a tocar para mim, aquela que podia ser um funk, um metal, um rock, mas quando veio de você, passou a ser melodia, delicada, finérrima, como música clássica. Mas não, não era nada disso, era apenas um pagode, que retratava exatemente como eu em um dia de boa menina apaixonada sonhei com você falando para mim, dedilhando para mim, dedicando à mim. Então, eu paralizo a respiração, a audição, o coração, o olhar, o sorriso em meu rosto; Fica tudo estático em meu rosto de "idiota" até que minha audição me garanta que a música que estou a ouvir foi a mesma que você pôs-se a tocar... É, não tem jeito, é a música, meu corpo que por si só parecia não crer tenta se desviar do pensamento mais consumidor, a lembrança. E assim, tudo vai mudando de forma, o sorriso desaparece, a respiração fica ofegante como se eu tivesse corrido uma maratona, o coração pulsiona forte exatamente como ocorreu na hora que você tocou a música, meus ouvidos voltam-se a somente ouví-la, e ao mesmo tempo meus olhos se enxem de lágrimas.

Eu sento na cama agora e tento não pensar nisso, tento abstrair você de mim, mas isso seria mais difícil do que tentar te conquistar em meio a fila de garotas que tem atrás de você.
No meio da música, ouço o soar de um telefone tocando, é meu celular, e o "soar" vai se transformando em um barulho ensurdecedor, eu sacudo a cabeça, limpo as lágrimas, engulo tudo à seco e pego o celular, e ai eu o abro e vejo escrito o seu nome... Não, eu me garanto em altas e claras palavras: -"Eu não vou enlouquecer agora, nem chorar mais, para, para com isso sentimento, age normal". E eu te atendo e você na maior cara-de-pau tem coragem de me perguntar se tá tudo bem, e eu pergunto a mim mesma, se você tem coragem de me perguntar se tá tudo bem, porque não tem coragem de ouvir o que eu tenho para te dizer, porque fugir? E te respondo no maior orgulho que está melhor impossível; Você me chama para sair e ai se alguém tem que ter coragem, decidi que seria eu mesma e te respondo exatamente assim: -"Não, só por hoje já chega de você!", e desligo, jogo o celular longe, saio da cama e caminho até o computador, tiro a música, saio do playlist emotivo e entro no de menina livre; Eu já era livre e sabia disso, só que eu me prendia a ti enquanto não conseguia te dizer adeus, mas penso e hoje percebo que sem falar essa palavra fatal, eu a deixei implícita em minha estupidez e grosseria contigo. Sei muito bem que um dia ficarei arrependendida, mas quero viver hoje pensando no presente e o futuro, depois eu me preocupo... Então, só por hoje já tomei minha dose de você!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Tudo muda, menos isso...


Olha, eu não vou correr atrás, mas também não vou mais fugir... Eu não quero ficar fugindo de tudo isso porque uma hora isso virá a tona, mas saiba, eu não vou mexer nada, se você quiser saber como está tudo, isso vai ter que partir de você porque eu cansei de me envolver em furadas e dessa vez eu não estou te prometendo nada, eu estou me prometendo que eu não vou me deixar levar por isso. Cansei de me magoar, e mais, decidi que não vou abaixar a cabeça e muito menos chorar, vou continuar minha vida "normalmente" na medida do possível e aconteça o que acontecer, eu já estou avisando, eu não vou me magoar por mais um alguém, e se "todos um dia vão te fazer sofrer, você deve escolher por quem realmente vale a pena chorar", eu te digo: não, eu não vou chorar por você e nem vou me deixar corroer por dentro. Não estou dizendo que você mereça mais ou mereça menos do que os que eu um dia já chorei, a diferença era a minha cabeça, a minha maturidade, a minha visão de realidade... Tudo era brincadeira, e eu não sabia um por cento da seriedade que um sentimento pode ter para uma pessoa; Tudo era engraçado, até me fazerem sentir a pior dor de todas, a de um coração partido; Tudo era bom, até eu saber que primeiramente pode ser maravilhoso, mas isso aqui não é conto de fadas aonde o final é sempre feliz, isso é vida, é carne e osso, é sentir, é ser, é amar, é ter, é viver, e não é se apaixonar "loucamente" pelo primeiro que aparece na sua janela e puxa a sua trança, ou pelo que te dá um beijo e assim te faz acordar da maldição, ou até mesmo da morte, não é você beijar um sapo ou uma fera, e vê-lo se transformar em um príncipe. Lamento a todas que acreditam ou um dia já acreditaram como eu, mas se isso aqui é realidade, sinto como amiga que devo informá-las, príncipes não existem, e muito menos os "encantados"; No máximo você vai um dia conhecer uma pessoa e tudo bem, essa pessoa será maravilhosa e perfeita. Mas olha, não se esquece que não existe só o presente, o futuro vem logo depois e as coisas evoluem, e com isso a tendência é tudo mudar, então, mais cedo ou mais tarde, tudo vai mudar... E a partir dai, os defeitos do seu príncipe vão começar a aparecer e ai, tudo deixará de ser como era, e as coisas vão ficar estranhas e erradas, e derrepente o"príncipe" vai voltar a ser um sapo, e ai? E ai, você vai chorar, você vai se sentir mal, então, porque não evitar tudo isso e cair na real que príncipe algum existe e que por melhor que lhe pareça, um dia vai te magoar? Então, não se apegue loucamente por ninguém, apenas goste e curta o momento, porque como na vida: tudo passa!
E devo admitir, não é nada fácil, aliás, está muito longe disso, é completamente, totalmente difícil esquecer. A pior parte deve ser essa, a de dizer adeus e esquecer. Por mais força que eu faça, é algo maior que eu, e se eu penso que esqueci, o vento te trás de novo... Saber, eu já estou mais do que farta de saber que não é fácil, mas é a saída dos meus problemas, então se é a solução, farei do impossível para alcançar esse meu objetivo!